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Dicas para lidar com o cansaço e a fadiga

Março 6th, 2024 | admin | Notícias

Cansaço e fadiga são sensações familiares. Afinal, quem nunca se sentiu assim no fim de um dia intenso de trabalho ou de uma semana mais dura? No entanto, quem tem o diagnóstico de distúrbios da tiroide convive frequentemente com ambos.


É o caso do hipotiroidismo, em que o metabolismo corporal se torna mais lento, o que conduz a sintomas como letargia e fadiga. Ou ainda o hipertiroidismo, que torna o metabolismo acelerado, o que provoca também fadiga, aqui associada ainda à dificuldade em dormir.

A questão é: como lidar com estes sintomas? E o que fazer para os atenuar? Tudo começa com o tratamento dos problemas que afetam a tiroide que, quando é cumprido, se costuma traduzir num alívio dos sintomas. O que significa que tomar a medicação, tal como o médico lhe prescreveu, pode fazer com que os sinais de fadiga comecem a desaparecer gradualmente. 

No entanto, o cumprimento rigoroso da medicação nem sempre é suficiente para afastar estes sintomas, pelo que aqui se deixam alguns conselhos que podem ajudar.

– O consumo de alimentos açucarados como forma de potenciar o aumento de energia nos momentos em que esta vai faltando até pode parecer uma boa ideia, mas não é. Isto porque ainda que o açúcar confira um aumento dos níveis de energia, não só este é apenas temporário, como se faz muitas vezes seguir por uma queda, que traz consigo de volta o cansaço. Deve-se, por isso, preferir as opções mais saudáveis, incluindo proteínas como carne magra, peixe, ovos e gorduras vegetais, que podem de facto ajudar a equilibrar os níveis de açúcar no sangue.

– Se não passa sem o café, saiba que evitar ou reduzir o seu consumo pode ajudar a melhorar o sono e a afastar a sensação de cansaço.

– O cansaço não o deixa dormir, o que agrava ainda mais esta sensação? Crie uma rotina para a hora de dormir, que pode passar por tomar banho ou ouvir música para relaxar, evitando o uso de dispositivos eletrónicos pelo menos uma hora antes de dormir e mantendo horários regulares de sono.

– Uma boa opção para aumentar os níveis de energia é a prática de exercício, que não precisa de ser vigoroso. Se, ainda assim, os sintomas de fadiga persistirem, não hesite em contactar o seu médico, que o poderá orientar.

O impacto da tiroide nas emoções

Março 6th, 2024 | admin | Notícias

Porque as hormonas da tiroide regulam também o humor, é normal que os sintomas associados a um mau funcionamento desta glândula não sejam apenas físicos, mas também psicológicos. Ou seja, as emoções podem também ser afetadas.


Ansiedade, dificuldade em dormir, problemas de memória e de concentração, dificuldades na fala e na linguagem, são alguns dos problemas mais frequentemente associados aos distúrbios da tiroide, tal como o mau humor. Sintomas que costumam melhorar com o tratamento, sendo, para isso, essencial a toma da medicação tal como prescrita pelo médico.

Mas além dos medicamentos, há outras formas de melhorar o lado emocional desta equação, que passam por:

Comunicação – Há quem guarde tudo para si, sob o pretexto de não querer sobrecarregar aqueles que o rodeiam com os seus problemas, o que pode aumentar a frustração e os ressentimentos. Por isso, nada melhor do que falar, desabafar, aprender a dizer o que sente e a pedir ajuda.

Tempo para si – Todos sabemos que a vida é agitada, que os dias passam a correr, que o relógio não se compadece com os nossos problemas ou funciona ao ritmo que desejamos. Mas no meio de todo o frenesim, é importante reservar algum tempo para si, seja apenas para tomar um banho demorado ou dedicar-se a fazer algo que gosta, como ler um livro. 

Atenção à saúde física – Procure contrariar a inércia e dedique-se à prática de uma atividade física, que deve ser do seu agrado. Não deixe também de cuidar da alimentação, adotando uma dieta saudável e equilibrada. 

Experimente coisas novas – Quando nos sentimos stressados e ansiosos, procuramos a nossa zona de conforto, algo que pode proporcionar alívio no momento, mas que não resolver o problema. O melhor mesmo é arriscar coisas novas, que não têm de ser muito disruptivas, mas que ajudem a aumentar a confiança.

Fale com um especialista – Seja um médico ou alguém que passou por experiências semelhantes, falar sobre os sentimentos pode ser útil. O apoio mútuo não só ajuda quem está a sofrer, como também contribui para o bem-estar de quem o dá.

O risco de osteoporose

Março 6th, 2024 | admin | Notícias

O que é que a tiroide tem a ver com a osteoporose? São as hormonas, importantes para a regeneração óssea, que dão aqui a resposta.


A osteoporose é uma doença que se caracteriza pela fragilidade dos ossos, aumentando o risco de fraturas, sobretudo no pulso, coluna vertebral e anca. Para explicar porque é que isto acontece, é preciso olhar para os dois tipos de células que actuam nos ossos, permitindo o crescimento e a reparação de danos no esqueleto ósseo. Um trabalho influenciado pela quantidade de exercício físico que se pratica, a quantidade de vitamina D e cálcio na dieta e ainda as hormonas. E é aqui que entra a tiroide.

É que as hormonas da tiroide afetam a taxa de substituição óssea, o que significa que uma quantidade excessiva de hormonas tiroideias no organismo acelera o ritmo de perda óssea. E se estes valores se mantiverem elevados durante muito tempo, o risco de osteoporose aumenta. É o caso das pessoas que sofrem de hipertiroidismo.

Aqui, o tratamento vai permitir que os níveis das hormonas tiroideias regressem ao normal, o que fará com que a taxa de perda óssea deixe de ser tão rápida, permitindo que a resistência óssea melhore. Ainda assim, há situações em que a perda óssea será persistente, mesmo resolvidos os problemas da tiroide, o que está associado a outros fatores de risco.

Para ajudar a prevenir a osteoporose, os especialistas aconselham uma dieta equilibrada, com alimentos ricos em cálcio, mantendo níveis normais de vitamina D, evitando fumar, mantendo o consumo de álcool dentro dos limites recomendados e praticando exercício físico regularmente.  No que diz respeito ao cálcio, este é mais facilmente obtido a partir de produtos lácteos (de preferência com baixo teor de gordura) como o leite, o queijo e o iogurte, existindo alguns tipos de peixe e legumes verdes, como o quiabo e o agrião, que são também uma boa fonte de cálcio. Já os peixes gordos, como o salmão, a truta, a cavala, o arenque e o atum fresco contêm vitamina D. 

Nódulos da tiroide: um incómodo muitas vezes silencioso 

Agosto 25th, 2023 | admin | Notícias

Por certo já ouviu falar em nódulos da tiroide. Mas afinal, o que são e o que podem significar? Apesar de desconhecidas as suas causas, estes nódulos são muito frequentes e, em 90% dos casos, benignos, sendo apenas preocupante se o seu tamanho exceder um centímetro.


O termo nódulo, esteja ele onde estiver, refere-se ao crescimento anormal das células, neste caso da tiroide, que acabam por formar uma lesão de forma arredondada dentro desta pequena glândula. A boa notícia é que a maioria destes nódulos é benigna, ainda que seja sempre necessário proceder à sua avaliação.

E a maioria dos nódulos da tiroide são também silenciosos, sendo a sua deteção, não raras vezes, acidental, sendo frequente serem os próprios doentes a descobri-los, ao notarem a presença de um caroço no pescoço. Apesar de silenciosos, estes nódulos podem causar a produção de quantidades excessivas de hormonas da tiroide, dando origem ao hipertiroidismo, ainda que, para a maioria dos casos, os exames de sangue se apresentem normais. 

É rara também a existência de queixas, como dores no pescoço, no maxilar ou no ouvido. Mas se um nódulo for suficientemente grande para comprimir a traqueia ou o esófago, pode causar dificuldade em respirar e engolir ou causar rouquidão, o que acontece quando invade o nervo que controla as cordas vocais.

Desconhece-se o que causa a maioria dos nódulos da tiroide, mas o que se sabe é que são muito comuns, de tal forma que, aos 60 anos, cerca de metade das pessoas tem ou já teve um nódulo da tiroide, com 90% dos casos a revelarem-se benignos. 

E o que acontece depois de serem descobertos? Será feita, pelo médico, uma palpação à tiroide, com o objetivo de verificar se toda a glândula está aumentada e se existe um ou vários nódulos, que se deverá fazer acompanhar pela realização de análises ao sangue. E porque só com esta avaliação não é possível determinar se os nódulos são ou não benignos, deverão ser ainda realizados exames especializados, como a ecografia e a biópsia.

No caso de se verificar a existência de cancro, o nódulo deve ser removido cirurgicamente, mas a maioria dos tumores malignos da tiroide são curáveis e raramente causam problemas com risco de vida.

Exercício físico: sim ou não? 

Agosto 25th, 2023 | admin | Notícias

A prática de exercício físico faz bem ao corpo e à mente e é assim também para quem vive com o diagnóstico de distúrbios da tiroide, embora nem sempre seja fácil lidar com a fadiga ou com as alterações do humor.


Diminui a pressão arterial; aumenta a sensibilidade à insulina, tornando-a mais eficaz; reforça a capacidade muscular e a flexibilidade nos mais idosos e diminui o seu risco de queda; atua ao nível da saúde mental – estas são algumas das vantagens da prática de atividade física enumeradas pela Direção-Geral da Saúde, cujo conselho é simples: “pela sua saúde faça atividade física!”

Há, pois, razões de sobra para praticar exercício físico, mas para quem tem um distúrbio da tiroide, as coisas não são assim tão lineares. Isto é,  sintomas como a fadiga, as dores musculares ou o mau humor não facilitam a prática de exercício. Pelo contrário, tornam-no um objetivo difícil de concretizar, tendo em conta os obstáculos que é preciso vencer.

A começar pela vontade. É por isso que, diz quem sabe, na hora de escolher a atividade a praticar é preciso que a escolha recaia sobre algo de que se gosta. E que seja realista. De nada vale decidir que vai correr uma maratona se depois nem durante 10 minutos consegue manter o passo apressado. No entanto, antes de avançar, consulte o seu médico e confirme que não há limitações que o impeçam de praticar exercício.

Deve também estar consciente de que o corpo se consegue adaptar. E que o melhor é sempre começar devagar, aumentando progressivamente a intensidade do treino à medida das suas capacidades. Ou seja, que tal começar com 30 minutos de caminhada por dia e ir aumentando a duração da mesma ao longo do tempo? Depois, pode acrescentar outro tipo de exercícios, com intensidade também crescente, até o seu corpo ser capaz, sem grande esforço, de o realizar.

É também importante esclarecer, de uma vez por todas, que a palavra exercício não tem de significar levar a pessoa aos limites, uma vez que, segundo a Organização Mundial de Saúde, “alguma atividade física é melhor do que nenhuma”. Isto quer dizer que dar um passeio, subir um lance de escadas ou cuidar do jardim são atividades que pode desenvolver e que batem, de longe, a prática sedentária de estar sentado no sofá.

Para ajudar, pode também procurar companhia. Sabe sempre melhor praticar uma atividade quando esta se pode partilhar com alguém, o que não só serve como incentivo para continuar, como proporciona momentos de interação social, que tão bem fazem à saúde mental. Se o seu distúrbio da tiroide o deixa cansado e sem energia, fique com a certeza de que o exercício físico melhora a capacidade de transporte do coração do sangue rico em oxigénio para todo o corpo, aumenta a massa muscular, fortalece os ossos e tecidos moles, melhora da função pulmonar e a concentração, diminui o stress e o consumo de calorias, o que pode ajudar a melhorar os seus níveis de energia e o humor, através da promoção da libertação de endorfinas.

A tiroide de A a Z: guia para os termos mais comuns

Agosto 17th, 2023 | admin | Notícias

Sabe o que significa uma tiroidite? Ou o que é um quisto? De seguida apresentamos alguns conceitos associados à tiroide, que o podem ajudar a melhorar o seu conhecimento e a navegar mais facilmente por entre a informação sobre esta glândula em forma de borboleta 


São muitos e diferentes os termos associados à tiroide, seja para descrever distúrbios que influenciam o seu funcionamento, análises que ajudam a avaliar a sua saúde ou a perceber o seu funcionamento. Deixam-se aqui alguns, em forma de um pequeno dicionário que visa aumentar um pouco mais o conhecimento sobre esta glândula tão importante.

Anticorpos: Proteínas presentes no sangue, que detetam e destroem corpos estranhos, como vírus e bactérias. 

Benigno: Não maligno, ou não cancerígeno.

Biópsia por agulha fina: Um exame que utiliza uma pequena agulha, introduzida na glândula da tiroide para remover uma pequena amostra de tecido para análise.

Bócio: Um inchaço da glândula da tiroide.

Doença atrófica da tiroide: Doença em que o tecido é destruído e a glândula da tiroide se desgasta.

Doença autoimune: O corpo produz anticorpos que atacam as suas próprias células e tecidos normais. É o que acontece, por exemplo, na doença autoimune da tiroide ou na diabetes.

Ecografia à tiroide: Técnica usada para determinar a estrutura da tiroide, útil para revelar a presença de nódulos que não podem ser sentidos por um médico.

Endocrinologista: Médico especialista, com competências para prevenir, diagnosticar e tratar doenças endócrinas como a  diabetes e distúrbios da tiroide, paratiroide e glândulas supra-renais.

Gânglios linfáticos: Glândulas que armazenam células que podem reter células cancerígenas e bactérias.

Glândula endócrina: Uma glândula que produz hormonas.

Hipertiroidismo: Distúrbio caracterizado por uma hiperatividade da tiroide.

Hipotiroidismo: Distúrbio que se instala quando a tiroide trabalha de forma insuficiente.

Hormona estimulante da tiroide (TSH): Hormona segregada pela glândula pituitária, que regula a produção hormonal da tiroide. 

Hormonas: ‘Mensageiros químicos’ que afetam o funcionamento das células e dos tecidos.

Iodo radioativo: Isótopo radioativo de iodo, utilizado para tratar o hipertiroidismo.

Lóbulo: A glândula da tiroide é constituída por dois lóbulos, o direito e o esquerdo.

Metabolismo: A velocidade a que as células do corpo trabalham, que é controlada pela glândula da tiroide. Se não houver hormonas tiroideias suficientes, as células trabalham mais lentamente; se houver demasiada hormona tiroideia, trabalham em excesso.

Quisto: Um nódulo, normalmente benigno, que contém líquido.

Testes genéticos: Testes baseados no ADN, utilizados para detetar doenças genéticas.

Tireoidectomia total: Remoção cirúrgica total da glândula tiroide.

Tiroidite de Hashimoto: Também conhecida como tiroidite autoimune, é uma forma de hipotiroidismo, em que o sistema imunitário do corpo ataca as células da tiroide como se fossem células estranhas.

T3: Nome dado à tri-iodotironina, uma das hormonas produzidas pela glândula da tiroide.

T4: Nome dado à tiroxina, uma das hormonas produzidas pela glândula da tiroide.

Queda de cabelo: um dos sintomas de que nem tudo vai bem com a tiroide 

Agosto 17th, 2023 | admin | Notícias

A queda de cabelo pode ser um dos sintomas de que há distúrbios na tiroide. A boa notícia é que tratar o distúrbio da pequena glândula costuma resolver este problema.


A queda de cabelo faz parte da vida de todos, ainda que haja momentos em que pode ser mais pronunciada – após o parto e na menopausa, para as mulheres – e que haja também pessoas com mais e menos cabelo. E depois há também distúrbios da tiroide, como o hipotiroidismo e o hipertiroidismo mais graves que podem também ser responsáveis pela queda de cabelo. 

Ainda que a maioria dos casos de queda de cabelo associado aos distúrbios da tiroide seja temporário e se resolva com a realização do tratamento para a doença, a verdade é que o regresso ao cabelo de antes pode levar vários meses. 

O importante é não perder a esperança e ter alguns cuidados, como utilizar escovas ou pentes de dentes largos, assim como ter cuidado ao lavar, tratar e cuidar do seu cabelo. Desconfie dos produtos de utilização caseira e utilize produtos profissionais recomendados para o seu tipo de cabelo.

Alguns “suplementos capilares” devem ser evitados, pois podem conter iodo ou interferir com a absorção da medicação para tratar as doenças da tiroide. Os especialistas aconselham ainda que se evitem produtos ricos em iodo.

Quando a intolerância ao calor se transforma num sintoma

Agosto 17th, 2023 | admin | Notícias

Há quem seja mais ou menos sensível ao calor, quem prefira as temperaturas mais baixas e quem tenha dificuldade em lidar com o calor. E depois há também as pessoas com hipertiroidismo, para quem a intolerância ao calor pode ser mais um sintoma de que a tiroide está a funcionar mal


Com a aproximação do tempo quente, são muitos os que começam a ser mais tolerantes ao calor. Afinal, a subida dos valores assinalados pelos termómetros assim o justifica. No entanto, para algumas pessoas não se trata apenas de transpirar um pouco mais ou de algum desconforto associado ao verão. Falamos das pessoas com hipertiroidismo, para quem os dias mais quentes podem mesmo ser complicados de enfrentar, ou não fosse a intolerância ao calor um dos sinais desta alteração da tiroide, a pequena glândula em forma de borboleta localizada na base do pescoço.

E não é de estranhar que assim seja, uma vez que a associação entre a temperatura corporal e a função tiroideia é bem conhecida, sendo as hormonas da tiroide os principais reguladores do metabolismo e da produção de calor pelo organismo. O que significa que, no caso do hipertiroidismo, em que há uma excessiva produção hormonal, se assista a um também aumento do metabolismo do corpo. E isso traduz-se por uma maior dificuldade em lidar com as temperaturas mais altas.

Há vários sinais e sintomas associados a este tipo de distúrbios, e embora nem todos os que têm de enfrentar este problema os possam sentir, a intolerância ao calor, assim como o aumento da sudorese (transpiração), são alguns dos mais frequentes. 

Para minimizar o desconforto, há que reforçar a hidratação, optando por bebidas frescas, usar um pulverizador com água ou colocar um pano húmido e frio à volta do pescoço, que podem ajudar a arrefecer, assim como preferir locais mais frescos.

E quando é preciso cirurgia para tratar a tiroide?

Agosto 17th, 2023 | admin | Notícias

A cirurgia à tiroide, também conhecida como tiroidectomia, não é um procedimento novo. Mas nunca foi tão seguro e continua a ser usado, em alguns casos, para tratar problemas que afetam a pequena glândula tiroideia.


Para quem vive com distúrbios da tiroide, a cirurgia pode  ser um dos caminhos para o tratamento, realizada, em geral, na sequência da deteção de um nódulo. Nestes casos, o médico pode recomendar a realização de uma tiroidectomia, como é conhecida, que pode ser parcial ou total. 

Este é, de resto, um procedimento antigo. De facto, o Prémio Nobel da Medicina foi atribuído, em 1909, a Theodore Kocher, especialista suíço, por ter tornado a tiroidectomia um procedimento seguro. Nos últimos 50 anos, têm sido muitas as descobertas médicas no que diz respeito à glândula da tiroide, permitindo reduzir a necessidade de tratamento cirúrgico. Ainda assim, este continua a ser parte essencial do tratamento de muitas doenças associadas ao mau funcionamento da tiroide.

E apesar de poder ser um pouco assustador para quem tem de ser submetido a uma cirurgia, em mãos experientes este tipo de intervenção à tiroide costuma ser segura e as complicações são pouco frequentes. No entanto, existem alguns riscos, como a possibilidade de hemorragia nas horas imediatamente a seguir à cirurgia, que pode levar a dificuldades respiratórias agudas; lesão de um nervo da laringe, o que pode causar rouquidão temporária ou permanente ou ainda danos nas glândulas paratiroides que que produzem a principal hormona que regula a concentração dos  níveis de cálcio no sangue.

São situações que podem, de facto, ocorrer, sobretudo nos doentes com tumores invasivos, com um grande bócio ou entre aqueles que já foram submetidos a uma intervenção anterior. Mas, refere a Associação Americana da Tiroide, o risco de qualquer complicação grave é inferior a 2%, o que não significa que não deva questionar o seu médico e procurar perceber o que motiva a realização da cirurgia, se existem métodos alternativos de tratamento e os potenciais riscos e benefícios da operação cirúrgica.

Imediatamente após a cirurgia, o doente pode sentir um inchaço no pescoço na zona da incisão, dor de garganta, alguma dificuldade em engolir e algum desconforto na parte de trás do pescoço, situações que costumam desaparecer ao fim de alguns dias ou semanas.

Na sequência desta intervenção, a maioria dos cirurgiões recomenda aos seus doentes que limitem as atividades físicas extremas durante alguns dias ou semanas, sendo aqui o objetivo reduzir o risco de um hematoma pós-operatório no pescoço (coágulo sanguíneo) e de rutura dos pontos. Tratam-se de limitações breves, normalmente seguidas de uma rápida transição para uma vida sem restrições. 

6 dicas para ajudar a lidar com o cansaço e a fadiga

Agosto 17th, 2023 | admin | Notícias

O cansaço e a fadiga são sintomas comuns dos distúrbios da tiroide. Existem conselhos úteis que podem ajudar, para além da medicação.


Cansaço e fadiga são dois sintomas que as pessoas com distúrbios da tiroide costumam conhecer bem, ou não fossem estes dois dos sintomas mais comuns, seja devido a uma tiroide hipoativa (hipotiroidismo), em que o metabolismo do corpo abranda, ou devido à hiperatividade da pequena glândula (hipertiroidismo), em que, pelo contrário, o metabolismo do corpo acelera, com um grande impacto na qualidade de vida de quem tem de viver com o diagnóstico deste tipo de problemas. 

1 – Atenção à medicação – A boa notícia é que a medicação costuma ajudar a reduzir estes e outros sintomas. Mas para aqueles que não encontram o alívio desejada com o tratamento, há também orientações clinicas que podem ajudar a medicação a funcionar de forma mais eficaz.

A começar pela  toma da medicação de forma consistente todos os dias, já que, se tal não for feito, o impacto vai fazer-se sentir nos resultados das análises sanguíneas e, claro, na saúde.

2 – Cuidado com a alimentação – Depois, há quem tenha também a tentação de recorrer a snacks açucarados para tentar repor os níveis de energia perdidos. E apesar destes poderem aumentar temporariamente esses mesmos níveis, o pico costuma ser seguido por uma quebra, que faz com que a pessoa se volte a sentir em baixo. A substituição dos doces por opções mais saudáveis, o que inclui o consumo de proteínas como carne magra, peixe, ovos e gorduras contidas nos abacates, nozes e sementes, pode ajudar a equilibrar os níveis de açúcar no sangue.

3 – Café e álcool não – Aqui, é também importante ter atenção ao consumo de cafeína, assim como de bebidas alcoólicas, que podem piorar a qualidade do sono.

4 – Rotinas de sono – Para as noites em que o sono tarda, contribuindo ainda mais para agravar os sintomas de cansaço e fadiga, nada melhor do que a receita que já deu mais do que provas de funcionar: a introdução de uma rotina para a hora de deitar, que pode incluir a toma de um banho ou a leitura de um livro antes de dormir, para ajudar a descontrair.

5 – Ecrãs fora do quarto – Há que evitar os aparelhos eletrónicos e desligá-los pelo menos uma hora antes de deitar, deixando-os fora do quarto.

6 – Exercício, sim – Finalmente, a prática de exercício físico, que pode melhorar os níveis de energia e o humor, o que pode passar também por atividades como o ioga e a meditação para ajudar a relaxar.