Veja notícias que podem te ajudar a cuidar melhor da sua tiroide
Para quem vive com distúrbios da tiroide, a cirurgia pode ser um dos caminhos para o tratamento, realizada, em geral, na sequência da deteção de um nódulo. Nestes casos, o médico pode recomendar a realização de uma tiroidectomia, como é conhecida, que pode ser parcial ou total.
Este é, de resto, um procedimento antigo. De facto, o Prémio Nobel da Medicina foi atribuído, em 1909, a Theodore Kocher, especialista suíço, por ter tornado a tiroidectomia um procedimento seguro. Nos últimos 50 anos, têm sido muitas as descobertas médicas no que diz respeito à glândula da tiroide, permitindo reduzir a necessidade de tratamento cirúrgico. Ainda assim, este continua a ser parte essencial do tratamento de muitas doenças associadas ao mau funcionamento da tiroide.
E apesar de poder ser um pouco assustador para quem tem de ser submetido a uma cirurgia, em mãos experientes este tipo de intervenção à tiroide costuma ser segura e as complicações são pouco frequentes. No entanto, existem alguns riscos, como a possibilidade de hemorragia nas horas imediatamente a seguir à cirurgia, que pode levar a dificuldades respiratórias agudas; lesão de um nervo da laringe, o que pode causar rouquidão temporária ou permanente ou ainda danos nas glândulas paratiroides que que produzem a principal hormona que regula a concentração dos níveis de cálcio no sangue.
São situações que podem, de facto, ocorrer, sobretudo nos doentes com tumores invasivos, com um grande bócio ou entre aqueles que já foram submetidos a uma intervenção anterior. Mas, refere a Associação Americana da Tiroide, o risco de qualquer complicação grave é inferior a 2%, o que não significa que não deva questionar o seu médico e procurar perceber o que motiva a realização da cirurgia, se existem métodos alternativos de tratamento e os potenciais riscos e benefícios da operação cirúrgica.
Imediatamente após a cirurgia, o doente pode sentir um inchaço no pescoço na zona da incisão, dor de garganta, alguma dificuldade em engolir e algum desconforto na parte de trás do pescoço, situações que costumam desaparecer ao fim de alguns dias ou semanas.
Na sequência desta intervenção, a maioria dos cirurgiões recomenda aos seus doentes que limitem as atividades físicas extremas durante alguns dias ou semanas, sendo aqui o objetivo reduzir o risco de um hematoma pós-operatório no pescoço (coágulo sanguíneo) e de rutura dos pontos. Tratam-se de limitações breves, normalmente seguidas de uma rápida transição para uma vida sem restrições.