As mulheres têm cinco a oito vezes mais probabilidade do que os homens de sofrerem de distúrbios da tiroide. Uma situação com um grande impacto, ou não fosse a glândula tiroide responsável por inúmeras funções e ações no organismo, o que se traduz em problemas e consequências específicas para as mulheres.
O sistema reprodutor feminino é um dos mais afetados tanto quando a tiroide funciona abaixo do devido (hipotiroidismo) ou de forma excessiva (hipertiroidismo). E este impacto é sentido em diferentes momentos ou fases da vida da mulher.
Puberdade e menstruação – Os distúrbios da tiroide podem fazer com que a puberdade e o primeiro período menstrual comecem mais cedo ou mais tarde do que a média. E os níveis de hormonas produzidas por esta pequena glândula podem ainda causar uma menstruação muito ligeira ou muito intensa ou menstruação irregular ou completamente ausente , a chamada amenorreia.
Reprodução – O impacto dos problemas na tiroide podem fazer-se sentir também ao nível da ovulação. Como? Podem impedir que esta aconteça, assim como aumentar o risco de quistos nos ovários.
Gravidez e pós-parto – São vários os problemas associados a distúrbios da tiroide durante a gravidez, o que pode ter consequências negativas para a gestante, mas também para o feto. Pré-eclâmpsia, aborto, parto prematuro, nado-morto ou hemorragia após o nascimento são apenas alguns, aos quais se juntam ainda um maior risco de enjoos matinais.
Menopausa – Um problema da tiroide pode causar ainda uma menopausa precoce, ou seja, antes dos 40 anos e há mesmo sintomas da tiroide hiperativa que se podem confundir com a menopausa precoce, como a falta de período menstrual, afrontamentos, dificuldades no sono (insónia) e alterações de humor.
Há ainda outros impactos que se fazem sentir com maior intensidade no sexo feminino, como aquele que se sente na saúde óssea – o excesso de hormonas tiroideias pode fazer com que os ossos percam cálcio, o que está relacionado com a osteoporose – e ainda na saúde emocional e mental, associado a sintomas como a fadiga constante, o aumento de peso ou a redução do desejo sexual.
Quem sofre de distúrbios da tiroide sabe o que são noites mal dormidas, já que o impacto do mau funcionamento desta glândula manifesta-se nos nossos padrões de sono, provocando uma má qualidade deste ou até mesmo insónias. E isto porque quando a tiroide produz muita ou pouca quantidade de determinadas hormonas vai causar um desequilíbrio no organismo, com consequências ao nível do ritmo circadiano, ou seja, do relógio biológico interno responsável pelo ciclo de sono e vigília.
As manifestações deste impacto podem ser diferentes: no caso do hipertiroidismo, distúrbio que se caracteriza pela produção em excesso de hormonas da tiroide, pode fazer com que a pessoa acorde frequentemente, tenha suores noturnos ou se tenha de levantar com frequência durante a noite para urinar.
Já quando se trata do hipotiroidismo, situação que se traduz pela produção de níveis de hormonas abaixo do necessário, podem ocorrer problemas para adormecer ou incapacidade de dormir o tempo suficiente para que a pessoa se sinta totalmente descansada. Reste distúrbio pode ainda fazer com que a pessoa sinta muito frio ou causar dores nas articulações ou nos músculos, que dificultam o sono.
A doença da tiroide pode ser também um fator que predispõe para a síndrome das pernas inquietas, um problema que causa sensações desconfortáveis ou desagradáveis nas pernas quando o corpo está em repouso. Na maioria dos casos, os seus sintomas ocorrem frequentemente à noite ou perto do início do sono, o que pode estar na origem de dificuldade a dormir.
Como dormir melhor com problemasde tiroide
Para tentar minorar estes problemas, há medidas simples que podem ajudar.
Temperatura do quarto – Encontrar a temperatura certa do quarto é fundamental. Para muitos especialistas, o ideal é mantê-la nos 18,3 graus Celsius, mas nem sempre é assim para quem tem doenças da tiroide. Por exemplo, o hipertiroidismo pode causar suores noturnos, enquanto o hipotiroidismo pode diminuir a tolerância ao frio, pelo que é importante que cada um descubra qual a temperatura ideal para ajudar a conseguir uma noite descansada.
Higiene do sono – Falamos aqui de práticas e hábitos que promovem um sono consistente, ininterrupto e reparador, o que passa por deitar-se e acordar às mesmas horas (incluindo aos fins de semana), evitar aparelhos eletrónicos até uma hora antes de dormir e relaxar à noite com música suave, alongamentos leves e um banho morno antes do deitar.
Dieta saudável – Porque somos o que comemos, para as noites bem dormidas contribui ainda uma dieta equilibrada, o que significa evitar as refeições pesadas antes da hora de dormir, assim como a ingestão de cafeína e bebidas alcoólicas, ambas substâncias que podem perturbar o sono.
Férias costumam ser sinónimo de viagens, o que pode gerar alguma ansiedade e dúvidas nas pessoas com doenças da tiroide. É seguro viajar? O que é que não deve faltar na bagagem? Este artigo ajuda a esclarecer, para que as férias possam ser de verdadeiro descanso.
Tendo em conta que os distúrbios da tiroide são os responsáveis pela maior parte das doenças endócrinas, é provável que muitas das pessoas que aproveitam as férias para viajar o façam com o diagnóstico de um destes problemas. Seja hipotiroidismo, hipertiroidismo ou tiroidite de Hashimoto, estas doenças não têm de ser impeditivo de umas férias descansadas, mas há questões a que importa ter atenção antes da partida.
– Consulte o seu médico – Tudo começa com a preparação, que neste caso deve incluir uma visita ao médico, a quem deve ser pedida orientação não só sobre o destino da viagem, mas também sobre a eventual necessidade de medidas de proteção.
– Escolha do destino – O clima tem um impacto significativo no funcionamento da tiroide. Os doentes com hipertiroidismo, por exemplo, apresentam um aumento da transpiração e intolerância ao calor, enquanto aqueles que têm o diagnóstico de hipotiroidismo são extremamente sensíveis ao frio, devendo ainda ser consideradas questões com os níveis de humidade e a altitude.
– Atenção à medicação – Antes de viajar, é aconselhável verificar se tem medicamentos suficientes, para que nunca falhe a toma dos mesmos e levar fotografias dos medicamentos prescritos, para o caso de ter um problema de extravio da bagagem e porque nem sempre o nome ou imagem da embalagem dos fármacos é igual em todos os países.
– Fusos horários diferentes – Se a viagem estiver associada à travessia de vários fusos horários, é recomendável conversar com o seu médico sobre a toma da medicação, uma vez que esta deve ser feita num determinado horário.
– Cuidados adaptados às viagens – Dependendo do meio de transporte, há cuidados que devem ser tomados para evitar infeções ou o agravamento dos sintomas durante a viagem. Por exemplo, se vai fazer uma viagem de avião, saiba que a exposição a grandes altitudes acarreta um grau de risco para as pessoas com problemas de tiroide, devido à pressão a que se encontra a cabina de voo.
– Hábitos saudáveis – Evitar o stress, manter uma boa noite de sono e seguir uma alimentação saudável são importantes para manter uma boa saúde e mais ainda para quem sofre de distúrbios da tiroide, pelo que é importante que possam ser incluídos nos planos de viagem.
Costuma afetar as pessoas com mais de 30 anos, sobretudo as mulheres, sendo definida como uma doença do sistema imunitário que afeta a glândula tiroide. Falamos da Doença de Graves, uma enfermidade que faz com que o corpo produza hormonas tiroideias em excesso.
É um facto que as hormonas produzidas pela tiroide afetam muitos órgãos. O que significa que os sintomas da doença de Graves podem também ter impacto nesses órgãos, uma vez que este problema é responsável pelo excesso de produção hormonal.
Aqui, os sintomas incluem nervosismo e irritação, ligeiro tremor nas mãos ou dedos, sensibilidade ao calor com aumento da transpiração ou pele quente e húmida, perda de peso, apesar de aumentar o apetite, glândula tiroide aumentada, alterações nos ciclos menstruais, olhos salientes, cansaço, entre outros.
Sintomas que reduzem a qualidade de vida de quem vive com este problema, que se caracteriza pelo mau funcionamento do sistema imunitário, o responsável pelo combate às doenças, e cujos motivos por detrás da sua origem são ainda desconhecidos.
Aquilo que se sabe é que este sistema, que produz anticorpos cujo alvo são os vírus, bactérias ou outras substâncias estranhas, nesta doença produz um anticorpo contra uma parte das células da tiroide.
São vários os sintomas que contribuem para o aumento do risco desta doença, que incluem história familiar de problemas da tiroide ou de doença autoimune; o género (as mulheres têm mais probabilidade de contrair a doença de Graves do que os homens); a idade (surge principalmente entre os 30 e 60 anos) ou o tabagismo.
Um bom equilíbrio hormonal pode fazer toda a diferença na saúdee, de acordo com a Sociedade Europeia de Endocrinologia, há 10 formas simples de contribuir para este equilíbrio, ao alcance de todos.
As hormonas desempenham um papel essencial na nossa saúde. De facto, estes mensageiros biológicos, que viajam por todo o corpo dando às células e aos tecidos informações sobre o que devem fazer, quando estão desequilibrados ou falham dão origem ao desenvolvimento de várias doenças crónicas, como os distúrbios da tiroide, com um impacto em milhões de pessoas na Europa.
No entanto, este seu protagonismo na saúde não tem, muitas vezes, o correspondente em termos de atenção, o que significa que as hormonas acabam por passar muitas vezes despercebidas.
É para alerar para a sua importância que a Sociedade Europeia de Endocrinologia, identifica 10 formas simples de contribuir para a saúde hormonal.
1. Mantenha-se ativo – A atividade física é essencial para um equilíbrio hormonal saudável. Praticar exercício entre 1,5 a 2,5 horas por semana vai ajudar o organismo a produzir as hormonas de que necessita para um bom funcionamento.
2. Escolha uma alimentação saudável – Coma muitas frutas frescas, vegetais e grãos integrais e reduza ao mínimo os alimentos processados.
3. Durma o suficiente – Procure pelo menos ter sete horas de sono ininterrupto, no mesmo horário, todas as noites e acordará revigorado e cheio de energia!
4. Mantenha a ingestão de vitamina D – Coma peixes como salmão e sardinha. Considere tomar suplementos de vitamina D, como óleo de fígado de bacalhau, nos meses de outono e inverno, quando a exposição solar é baixa.
5. Coma alimentos ricos em iodo – Frutos do mar, algas marinhas, ovos e laticínios podem ajudar a manter os níveis de iodo elevados.
6. Não se esqueça dos alimentos ricos em cálcio – Iogurte, amêndoas, feijão e folhas verdes escuras ajudam a proteger os ossos e os dentes.
7. Evite as embalagens de plástico – Use recipientes de vidro ou aço inoxidável em vez de recipientes e garrafas de plástico. Beba água da torneira em vez de água engarrafada e não coloque plástico no microondas.
8. Melhorar a qualidade do ar interior – O ar dentro e fora da casa pode conter propriedades desreguladoras do sistema endócrino. Aspire, limpe o pó e ventile regularmente para reduzir a presença de partículas de poeira.
9. Tenha atenção aos cosméticos que usa – Os produtos de higiene e os cosméticos podem ter um efeito desregulador endócrino. Verifique os ingredientes e evite comprar cosméticos que contenham produtos químicos desreguladores, como ftalatos ou parabenos.
10. Tenha atenção aos sinais e sintomas de distúrbios da tiroide e consulte o seu médico regularmente.
Quando não estamos bem, parece que falta uma parte de nós. E quando se manifestam sintomas que não desaparecem por mais que se tente, tem então início uma jornada que visa encontrar a peça que falta no puzzle da saúde. E essa peça pode ser a tiroide.
De facto, a pequena glândula situada na base do pescoço, responsável pela produção de hormonas essenciais que regulam o metabolismo, é provavelmente o órgão mais importante do seu corpo e até pode nunca ter ouvido falar dela.
Desde um aumento de peso inexplicável, fadiga e alterações de humor, até desequilíbrios hormonais e dificuldade em engravidar, são vários e diferentes os problemas que podem estar associados a uma tiroide hipoativa, ou seja, que funciona abaixo do considerado normal, que é o distúrbio da tiroide mais comum.
Tão comum, sobretudo entre as mulheres, que neste grupo, aos 60 anos, as estimativas apontam para 17% de prevalência de hipotiroidismo,mas que afeta também os homens: 8% sofrem do mesmo.
Apesar de afetarem tanta gente, estes distúrbios podem passar despercebidos durante anos, porque os seus sintomas são facilmente confundidos com os de outros problemas de saúde. Falamos de fadiga, aumento de peso, lentidão dos movimentos e da fala, períodos menstruais abundantes, dores musculares e articulares e intolerância a temperaturas frias, aos quais se podem juntar alterações de humor, dificuldades de concentração e problemas de sono.
Sintomas que justificam que, de acordo com os números da American Thyroid Association, se estime a existência de 60% de pessoas com distúrbios da tiroide por diagnosticar. Contas feitas, isto significa que centenas de milhões de pessoas sofrem, em todo o mundo, sem saber a causa dos seus sintomas.
O diagnóstico é essencial para o tratamento, mas este deve ser feito o mais cedo possível, já que isso geralmente significa a possibilidade de uma boa gestão da doença.
Se tem sintomas que não consegue explicar e que não desaparecem, preencha o nosso avaliador de sintomas e, em apenas alguns minutos, saberá se precisa de falar com o seu médico, que poderá prescrever um exame destinado a verificar se a sua tiroide está a funcionar normalmente. Um teste simples, mas que pode resolver o quebra-cabeças das doenças da tiroide não diagnosticadas e quebrar o ciclo de visitas repetidas, reencaminhamentos e diagnósticos errados que afetam milhões de pessoas durante demasiado tempo.
[1] Alexander EK, Pearce EN, Brent GA, et al. 2017 Guidelines of the American Thyroid Association for the Diagnosis and Management of Thyroid Disease During Pregnancy and the Postpartum. Thyroid. 2017;27:315-389.
[1] Delitala AP, Capobianco G, Cherchi PL, Dessole S, Delitala G. Thyroid function and thyroid disorders during pregnancy: a review and care pathway. Arch Gynecol Obstet. 2019;299(2):327-338.
[1] Stagnaro-Green A. Postpartum Thyroiditis. The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. 2002;87(9),4042–4047.
Para avaliar a saúde da tiroide e fazer o diagnóstico dos distúrbios que acometem a pequena glândula em forma de borboleta, os médicos recorrem com frequência a exames, que podem ser de sangue ou de imagem. Uns mais rotineiros do que os outros, são essenciais para um diagnóstico que se quer cada vez mais precoce.
Quando se trata dos exames de sangue, feitos a pedido dos médicos, estes têm como objetivo verificar a função da tiroide e avaliar o seu funcionamento, podendo incluir uma avaliação dos níveis da hormona estimulante da tiroide (TSH), produzida pela hipófise e que atua na tiroide, promovendo nesta a secreção de hormonas. Quando a TSH está elevada, costuma traduzir a existência de um hipotiroidismo (tiroide hipoativa): a tiroide não produz hormonas suficientes e, por isso mesmo, a hipófise vai continuar a produzir e liberar TSH no sangue.
Já quando a TSH apresenta valores abaixo do considerado normal, isso costuma significar a presença de hipertiroidismo ou tiroide hiperativa: a tiroide produz muitas hormonas, pelo que a hipófise para de produzir e libertar TSH no sangue.
Mas se, por outro lado, os resultados do teste de TSH forem normais, serão necessárias outras análises para encontrar a causa do problema. E isso pode passar pela verificação dos níveis de T3, a tri-iodotironina, ou de T4, a tiroxina, ambas hormonas produzidas pela tiroide e libertadas na circulação sanguínea, que desempenham funções essenciais no organismo (estão, por exemplo, associadas ao crescimento e à regulação do metabolismo em geral).
Exames de imagem
Para o diagnóstico de distúrbios da tiroide, há também exames de imagiologia, realizados pelo radiologista, um médico especializado que analisa as imagens e envia um relatório para que o médico assistente possa depois apresentar o resultado ao doente.
Falamos das ecografias, o exame de imagem mais frequentemente utilizado, que se destina a avaliar o estado da tiroide, seja para procurar nódulos ou para os observar mais de perto, o que pode ajudar o médico a determinar qual a probabilidade destes serem cancerígenos.
E falamos também da tomografia, destinada a observar o tamanho, a forma e a posição da glândula da tiroide, um exame que recorre a uma pequena quantidade de iodo radioativo para ajudar, uma vez mais, a avaliar a saúde desta glândula.
Já ouviu falar em tiroidite? Trata-se de um termo geral que se refere à inflamação da glândula da tiroide e que inclui um grupo de distúrbios que se apresentam de forma diferente, como a tiroidite de Hashimoto, que é uma das causas mais comuns de hipotiroidismo, ou a tiroidite pós-parto, que é, logo após o parto, uma causa comum de problemas nesta pequena glândula.
E qual a origem deste tipo de problema? Este é um distúrbio causado por um ataque à tiroide que causa inflamação e danos nas células desta glândula, ataque esse que é feito por anticorpos. É por isso mesmo que a tiroidite costuma ser uma doença autoimune, desconhecendo-se, no entanto, o motivo pelo qual existe a produção de anticorpos anti-tiroideus por algumas pessoas.
Ainda assim, a tiroidite pode também ter como causa uma infeção por vírus ou bactérias, ou ainda por medicamentos que danificam as células da tiroide.
Quando à sua forma, a tiroidite manifesta-se através de um inchaço que causa níveis altos ou baixos de hormonas da tiroide no sangue, com os respetivos sintomas associados a uma e outra situação. O que significa que este problema não tem sintomas exclusivos: se os danos causados forem lentos e conduzirem a uma queda nos níveis de hormonas tiroideias no sangue, os doentes vão ter sintomas de hipotiroidismo, como fadiga, ganho de peso, obstipação, pele seca, depressão e baixa tolerância ao exercício.
Mas se a tiroidite causar danos rápidos e destruição das células da tiroide, isso faz com que aumentem os níveis das hormonas em circulação no sangue, o que se traduz em sintomas semelhantes aos do hipertiroidismo, com a presença de ansiedade, insónias, palpitações, fadiga, perda de peso e irritabilidade.
É importante ter em conta que a tiroidite nem sempre é permanente, estando a sua duração dependente do tipo de problema, cuja identificação deve ser feita na sequência da avaliação por um médico especialista, o que pode evitar tratamentos desnecessários, uma vez que muitos tipos não necessitam de tratamento.
A tiroidite de Hashimoto, que é hoje considerada a doença autoimune mais prevalente, tem as suas origens em 1912, tendo recebido o nome do médico japonês que primeiro a identificou.
A tiroidite de Hashimoto, que é hoje considerada a doença autoimune mais prevalente, tem as suas origens em 1912, tendo recebido o nome do médico japonês que primeiro a identificou. Trata-se de uma doença autoimune, o que significa que existe o próprio corpo produz anticorpos, que acabam por danificar a glândula da tiroide, causando uma inflamação que, com o tempo, pode fazer com que a pequena glândula aumente de tamanho, o chamado bócio, e tenha dificuldade em produzir hormonas tiroideias suficientes (hipotiroidismo).
Tal como a maioria dos distúrbios da tiroide, também este ocorre com maior frequência entre as mulheres, ainda que os homens não estejam imunes. E pode ocorrer também em qualquer idade, sendo, no entanto, mais comum à medida que envelhecemos.
De progressão lenta, a tiroidite de Hashimoto pode estar presente ao longo de muitos anos sem que, inicialmente, haja presença de sintomas, podendo evoluir para bócio ou hipotiroidismo.
Quais os sintomas da tiroidite de Hashimoto?
O cansaço é um dos sintomas desta doença autoimune, ao qual se juntam, com maior frequência, ganho anormal de peso, aumento da sensibilidade ao frio, pele seca, depressão, dores musculares ou períodos menstruais irregulares ou intensos para as mulheres.
Sintomas que tornam mais fácil o diagnóstico, que se socorre
ainda de uma análise ao sangue para confirmar a existência de uma tiroide hipoativa, assinalada pela presença de níveis altos da hormona estimulante da tiroide (TSH). A presença de uma glândula aumentada é outro dos sinais, assim como a existência de níveis elevados de anticorpos da tiroide.
Não é novidade que os distúrbios da tiroide afetam mais as mulheres do que os homens. De facto, os dados permitem confirmar que estes problemas são dez vezes mais comuns nas mulheres, sendo o risco de desenvolver uma tiroide hipoativa progressivo e com tendência a aumentar com a idade. O que significa que as doenças da tiroide e a menopausa podem coexistir, uma relação nem sempre pacífica.
A complexidade da relação entre estas duas situações, ambas com impacto hormonal, é uma realidade, mas a forma como se influenciam pode ser bem distinta: o estado da tiroide pode não influenciar significativamente a menopausa, mas há situações em que as alterações associadas a esta fase da vida da mulher podem modificar a expressão clínica de algumas doenças da tiroide, sobretudo as autoimunes.
No que diz respeito aos sintomas, estes não só são comuns às duas situações, como são também inespecíficos e podem ser sobrepostos. Já para não falar de outras potenciais causas, como o stress, que complicam ainda mais este cenário. O que significa que, na presença de sintomas, é essencial consultar um médico, capaz de avaliar o que a mulher sente, abordar as possíveis causas e, mais importante ainda, ajudar a encontrar o alívio desejado.
Há depois outras questões a ter em conta, como o facto de, com a menopausa, as mulheres apresentarem um risco aumentado de osteoporose e doenças cardiovasculares, riscos que as doenças da tiroide não tratadas podem exacerbar. Sintomas como fadiga, alteração de peso, ansiedade, depressão, períodos irregulares, intolerância à temperatura, comprometimento da memória, assim como história familiar de disfunção da tiroide, podem levar à realização de um rastreio, capaz de identificar a existência ou não de problemas e a melhor forma de os resolver.
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