Sabia que os distúrbios da tiroide também afetam as pessoas com mais idade? É um facto: nem só os jovens sofrem deste tipo de problema. E nos mais idosos os sintomas podem ser bem diferentes e o desafio do diagnóstico bem maior.
Os distúrbios da tiroide podem afetar as pessoas em qualquer fase da sua vida, o que significa que também os idosos podem vir a sofrer deste tipo de problemas. De resto, a incidência de doenças associadas ao mau funcionamento da tiroide tende mesmo a aumentar com a idade, ainda que o seu diagnóstico nem sempre seja feito, já que os sintomas não são tão generalizados e podem ser confundidos com os de outro tipo de problemas.
No caso dos dois distúrbios mais frequentes, o hipotiroidismo e o hipertiroidismo, e ao contrário também do que se verifica entre as pessoas com menos idade, os sintomas entre pessoas com idade avançada podem não ser tão distintivos. Há manifestações comuns, sendo tanto a tiroide subativa como superativa responsável por causar confusão, depressão, queda, insuficiência cardíaca e alterações nos hábitos intestinais, todos sintomas de várias outras doenças, o que ajuda a explicar a dificuldade no diagnóstico.
No caso do hipotiroidismo, que é o distúrbio mais comum nas pessoas com mais de 60 anos e cuja incidência tende a aumentar com a idade, os sintomas não costumam ser muito específicos, com a sua gravidade a depender do grau da doença.
A frequência com que surgem sinais como pele seca, queda de cabelo, prisão de ventre, aumento de peso, problemas de humor ou cansaço, diminui com a idade e a perda de memória ou redução do funcionamento cognitivo, que é muitas vezes atribuída ao envelhecimento, pode ser o único sintoma de hipotiroidismo grave numa pessoa mais velha.
Para o diagnóstico, é importante avaliar a existência de história familiar da doença, histórico de cirurgia extensiva e/ou radioterapia ao pescoço. Mas a boa notícia é que existe tratamento, independentemente da idade do doente.
Conhecer a tiroide pode ajudar a enfrentar os distúrbios associados ao funcionamento desta pequena glândula, desconhecida para muitos ou sobre a qual pouco sabem. Porque o conhecimento é sempre poder quando se trata da gestão de problemas de saúde.
Quem não tem diagnosticado distúrbios da tiroide provavelmente não costuma pensar muito nesta pequena pequena glândula em forma de borboleta ou não pensa, de todo, ao contrário dos que vivem com um diagnóstico, que conhecem bem os sintomas associados ao mau funcionamento da tiroide. Mas qualquer que seja o caso, há factos que importa não esquecer sobre esta glândula, que podem ajudar a compreender melhor o seu funcionamento e a identificar alguns dos sinais associados à existência de problemas.
– A tiroide produz hormonas
Trata-se de uma glândula onde são produzidas hormonas que regulam o metabolismo do nosso corpo, o que significa que têm impacto em funções essenciais para o nosso ‘funcionamento’, como o nível de energia ou o ritmo cardíaco. E apesar de ter pequenas dimensões, a tiroide acaba por influenciar todas as células, tecidos e órgãos do corpo.
– Os distúrbios associados à tiroide podem afetar todas as idades e géneros Estima-se que, em todo o mundo, 200 milhões de pessoas vivam com algum distúrbio da tiroide, muitas das quais por diagnosticar. E, apesar de poderem ter mais impacto nas mulheres, de facto estes são problemas que afetam também os homens e que podem surgir em todas as etapas da vida, desde a infância até à terceira idade.
– São várias as causas associadas aos problemas da tiroide
A causa mais comum de distúrbios da tiroide é autoimune, um processo em que é o próprio sistema imunitário que ataca as células da tiroide, como se estas fossem células estranhas. O que faz com que a tiroide se torne subativa (hipotiroidismo) ou hiperativa (hipertiroidismo). No entanto, há evidências de que este pode ser um problema hereditário, pelo que é comum surgir em diferentes membros da mesma família.
– Um diagnóstico precoce é essencial
O diagnóstico precoce vai permitir o tratamento do problema. E, sim, é possível controlar os principais distúrbios da tiroide e recuperar alguma da normalidade perdida na sequência dos problemas que afetam esta pequena glândula.
Para muitas pessoas, a associação entre problemas de tiroide e a questão do aumento ou perda de peso é imediata, associação que faz sentido, uma vez que existe, de facto, uma relação entre a glândula da tiroide e o valor assinalado pela balança. Uma relação tão antiga quanto complexa.
Existe, de facto, uma relação entre disfunções da tiroide e peso, uma relação tão complexa como antiga. E não surpreende, uma vez que a glândula da tiroide é responsável pela produção de hormonas que regulam o metabolismo e este está associado ao peso. A ciência por detrás desta relação não é fácil e nem tudo ainda foi desvendado, sendo impossível prever o efeito da alteração do estado da tiroide sobre o peso corporal de qualquer pessoa.
Sabe-se, no entanto, que quem tem o diagnóstico de hipertiroidismo, ou seja, tem uma tiroide hiperativa, costuma enfrentar alguma perda de peso, perda essa que será tão ou mais acentuada quanto mais grave for a hiperatividade da pequena glândula em forma de borboleta situada na base do pescoço.
Por exemplo, se a tiroide for extremamente hiperativa, a taxa metabólica basal, ou seja, a quantidade de energia necessária para a manutenção das funções vitais do organismo ao longo de 24 horas (para respirar, para manter a temperatura corporal, para os batimentos cardíacos, etc) aumenta, o que leva a uma necessidade de consumo de mais calorias para manter o peso corporal. Se a pessoa não aumentar a quantidade de calorias ingeridas para igualar o excesso de calorias queimadas, então haverá perda de peso. É de esperar, no entanto, que esta perda de peso desapareça aquando do tratamento do hipertiroidismo.
Se há uma perda de peso quando a tiroide está a trabalhar em demasia, o inverso é também verdade. Ou seja, uma vez que a taxa metabólica basal é mais baixa com uma tiroide hipoativa, esta acaba por estar geralmente associada a algum ganho de peso, que é maior também aqui quando o hipotiroidismo se agrava. Mais uma vez, assim que o hipotiroidismo tenha sido tratado e os níveis da hormona da tiroide voltem aos valores normais, a capacidade de ganhar ou perder peso passa a ser a mesma que nos indivíduos que não têm problemas de tiroide.
Que a tiroide tem um grande impacto no funcionamento do nosso organismo já não é novidade. Mas o que foi agora descoberto, através de um estudo científico, é que uma das disfunções da tiroide, o hipotiroidismo, está também associado a um aumento do risco de demência.
Um novo estudo, publicado na revista médica da Academia Americana de Neurologia, alerta para o que diz ser um risco aumentado de demência por parte dos idosos com diagnóstico de hipotiroidismo, um distúrbio da tiroide que se manifesta quando a pequena glândula em forma de borboleta não produz hormonas suficientes.
“Em alguns casos, os distúrbios da tiroide foram associados a sintomas de demência que podem ser reversíveis com o tratamento”, refere o autor do estudo, Chien-Hsiang Weng, especialista da Brown University, nos EUA. “Embora sejam necessários mais estudos para confirmar estas descobertas, as pessoas devem estar conscientes dos problemas da tiroide como um possível fator de risco para demência”, acrescenta.
Este estudo, que contou com a participação de 7.843 pessoas recém-diagnosticadas com demência, quis avaliar se o hipotiroidismo, que se manifesta quando a tiroide não produz hormonas suficientes, ou o hipertiroidismo, que surge quando esta produz hormonas em excesso, aumentando o metabolismo, se relacionam com a demência.
E ainda que os investigadores não tivessem encontrado qualquer relação entre este último distúrbio e os casos de demência, o mesmo não aconteceu para o hipotiroidismo. Nas pessoas maiores de 65 anos com este diagnóstico, os especialistas descobriram a existência de um risco 80% superior de desenvolverem demência, quando comparando com que as pessoas da mesma idade que tinham uma tiroide hipoativa.
Apesar de poder ser debilitante a vários níveis, o hipotiroidismo tem tratamento, que devolve ao doente afetado a qualidade de vida perdida. Mas há cuidados que se devem ter com a medicação para que esta possa ter a eficácia desejada, cuidados que vão do armazenamento a uma toma correta.
Se sofre de hipotiroidismo, já conhece o impacto desta disfunção da tiroide na sua vida. É importante saber que há tratamento e que este é eficaz. O que nem sempre acontece é a correta administração deste tratamento, existindo alguns erros por parte de quem toma que é importante evitar.
#1 Esperar é uma virtude
Primeiro, o tratamento não é sinónimo de um milagre, o que significa que nem sempre os resultados são imediatos. E se há pessoas que se começam logo a sentir melhor, outras há que podem levar algum tempo a sentir em pleno os efeitos da medicação. O que não significa, obviamente, que a devam deixar de tomar, mas sim que poderá ser necessário fazer alguns ajustes, avaliação que caberá à equipa médica.
#2 A toma correta dos medicamentos
Há, depois, algumas regras que importa seguir na toma da medicação e que podem contribuir para os efeitos da mesma. Para uma melhor absorção na corrente sanguínea, os medicamentos devem ser tomados de manhã, com o estômago vazio, pelo menos 30 minutos antes do pequeno-almoço e de preferência com um pouco de líquido, por exemplo meio copo de água.
#3 Medicação bem guardada
O local onde se armazenam os medicamentos pode também interferir com a sua eficácia, pelo que estes devem ser mantidos num local fresco, seco e escuro, longe de ambientes onde a humidade é elevada, como a casa de banho. A exposição a excesso de calor e luz devem também ser evitadas.
#4 Cuidado com os suplementos naturais
São muitos os suplementos naturais que apregoam benefícios quando se trata da tiroide. Mas antes de os tomar, é determinante que fale com o seu médico, uma vez que podem ter impacto na sua saúde.
Quando a tiroide trabalha menos do que o devido, o chamado hipotiroidismo, o organismo ressente-se. E fá-lo de diferentes formas, com um impacto que, se este distúrbio ficar por tratar, pode ter consequências graves, traduzindo-se num aumento do risco de vários problemas.
Quando não tratado, o hipotiroidismo, o distúrbio da tiroide caracterizado por uma tiroide pouco ativa, o que se traduz na produção insuficiente das hormonas tiroideias, tem consequências que vão além dos sintomas e de uma redução da qualidade de vida para quem tem de lidar com estes problemas. Consequências estas que se revelar graves.
A começar por problemas no coração. A ciência já confirmou que aqueles que sofrem de hipotiroidismo têm um risco acrescido de doenças cardiovasculares, isto porque os níveis reduzidos da tiroxina, uma das hormonas da tiroide, pode levar ao aumento dos níveis de colesterol no sangue, o que, por sua vez, pode ser responsável pela acumulação de gordura nas artérias, restringindo o fluxo de sangue.
Outra complicação possível é o bócio, um inchaço da glândula tiroide, que se traduz por um nódulo na garganta. E esta é uma doença que pode desenvolver-se nas pessoas com uma tiroide subativa, ou seja, nas que sofrem de hipotiroidismo.
Durante a gravidez, esta produção anormal de hormonas por parte da tiroide têm ainda outras consequências. Nestes casos, pode ter como resultado uma pré-eclâmpsia, o que pode originar hipertensão arterial e retenção de líquidos na mãe e problemas de crescimento no bebé; anemia na mãe; hemorragias após o parto; atrasos no desenvolvimento físico e intelectual do bebé; parto prematuro; baixo peso à nascença ou até mesmo aborto espontâneo, situações que podem ser evitadas com a identificação do problema e com o devido tratamento.
Na lista de doenças raras, há muitos nomes e problemas com impactos diferentes. E há também alguns que têm relação com a tiroide. São doenças que afetam apenas algumas pessoas e que podem ter impacto mais cedo ou mais tarde na vida, a maioria das quais associadas a fatores genéticos.
Estima-se que, em todo o mundo, mais de 300 milhões de pessoas vivam com doenças raras. De entre estas, ainda que não se saiba ao todo quantas, muitas enfrentam o diagnóstico de uma doença rara associada à tiroide, o que significa, tal como alerta o EURORDIS (Organização Europeia para as Doenças Raras), que enfrentam também uma maior probabilidades de desigualdade de tratamento, diagnósticos errados e isolamento.
Mas afinal quais são as doenças raras da tiroide? Como se manifestam e qual o seu impacto na vida de quem delas sofre? De acordo com a British Thyroid Foundation, estas são doenças que, como o nome indica, ocorrem raramente e a maioria das vezes associadas a fatores genéticos. Destacamos aqui algumas.
É que acontece com a deficiência no transportador celular da hormona tiroideia (MCT8). Uma vez que as hormonas da tiroide são essenciais para um desenvolvimento normal, precisam de entrar nas células para serem eficazes, o que exige a presença de transportadores. E, apesar de existirem vários, há um deles que é muito importante para o transporte das hormonas até às células cerebrais, o MCT8. No entanto, em alguns casos, a existência de uma mutação genética causa problemas no MCT8, o que também é conhecido como Síndrome de Allan Herndon Dudley, e se traduz na presença de anomalias neurológicas graves – a maioria dos doentes não pode andar ou falar, entre outros problemas.
Mas existem outras doenças raras em que a tiroide é a grande protagonista. Uma delas é a resistência à hormona da tiroide, outro problema genético raro, onde alguns tecidos do corpo não respondem normalmente às hormonas tiroideias, resultando em problemas característicos tanto de uma tiroide hiperativa como de uma tiroide hipoativa.
Desta lista de doenças raras faz também parte a tiroidite de Riedel, uma forma rara de hipotiroidismo causado por uma substituição das células normais produtoras de tiroxina na tiroide por tecido cicatricial que invade as estruturas adjacentes do pescoço. Daqui resulta uma tiroide dura e ‘colada’ às estruturas adjacentes, o que pode causar dificuldades de deglutição, compressão da traqueia e uma voz fraca ou rouca.
A síndrome de Pendred é também um distúrbio raro da tiroide, de causa genética, que pode provocar perda auditiva precoce nas crianças. Trata-se de uma doença normalmente detetada pouco depois do nascimento, com impacto na glândula da tiroide, causando hipotiroidismo e/ou o aumento da glândula (bócio).
São muitas as diferenças entre homens e mulheres e na tiroide estas também se fazem sentir. Quando se trata de falar das disfunções que afetam esta pequena glândula, a conversa é sempre mais no feminino, uma vez que estes são problemas que impactam mais as mulheres.
No que diz respeito às disfunções da tiroide, não existe igualdade de género. As mulheres são as mais afetadas e os números não deixam margem para dúvidas: uma em cada oito mulheres vai desenvolver um desses problemas ao longo da sua vida, uma probabilidade que é cinco a oito vezes superior à dos homens.
A questão que se coloca aqui é: porquê, o que leva a que as mulheres sejam mais suscetíveis do que os homens? A resposta não é direta ou clara, mas aquilo que se sabe aponta para dois tipos de justificações: primeiro, porque os problemas de tiroide são frequentemente desencadeados por respostas autoimunes, que ocorrem quando o sistema imunitário começa a atacar as suas próprias células, algo que é mais comum nas mulheres; segundo, porque parece existir uma interação entre as hormonas da tiroide e as hormonas presentes durante o ciclo menstrual.
E não só as mulheres são mais propensas a sofrer de problemas como o hipotiroidismo, hipertiroidismo, entre outros, como estes podem ainda manifestar-se em qualquer altura das suas vidas, sendo, no entanto, mais comuns em algumas fases: na gravidez, durante e após a menopausa, quando ocorrem alterações hormonais.
Daqui resultam problemas como o atraso ou antecipação do início da puberdade; menstruações mais ou menos prolongadas; ciclos menos regulares; problemas na fertilidade; risco de complicações em caso de gravidez, não só para a gestante, mas também para o feto; aumento da probabilidade de uma menopausa precoce, entre outros.
O importante é, no entanto, estar consciente da existência deste tipo de problemas e atento aos seus sintomas e sinais, para que se possa, mais rapidamente, procurar um especialista, uma vez que muitos dos efeitos e riscos associados às perturbações da tiroide podem ser geridos com o tratamento adequado.
É de Itália que vem um estudo que quis perceber qual a relação entre a Covid-19 e a tiroide e que confirma que, 12 meses após a infeção, o vírus SARS-CoV-2 continua a impactar a pequena glândula em forma de borboleta situada na base do pescoço.
A tiroide, a pequena glândula em forma de borboleta situada na zona do pescoço, desempenha uma função essencial ao nível do metabolismo, crescimento e desenvolvimento do corpo humano. Isto porque liberta continuamente na corrente sanguínea uma quantidade estável de hormonas que ajudam na regulação de várias funções do corpo. É natural, por isso, que também seja impactada pela Covid-19. A questão é: de que forma? E foi isso mesmo que quis saber um grupo de investigadores da Universidade de Milão, em Itália.
Com base na avaliação, ao longo de um ano, de pessoas que apresentavam disfunções da tiroide após a infeção por Covid-19, os cientistas perceberam que o SARS-CoV-2 afeta o funcionamento da tiroide através de uma variedade de mecanismos, sobretudo nos casos de infeções graves. Nestes casos, conseguiu ainda perceber-se que este vírus foi responsável por causar tiroidite, ou seja, uma inflamação na glândula tiroideia, responsável por um desequilíbrio hormonal geralmente ligeiro, mas aumentado nos casos graves de Covid-19.
Foram, ao todo, analisadas mais de 100 pessoas internadas com Covid-19 grave, a quem foram avaliados os níveis da hormona estimulante da tiroide (TSH) e outros indicadores, tendo-se verificado que os indicadores inflamatórios voltaram ao normal em quase todos os casos logo após o fim da infeção por Covid-19. No entanto, após 12 meses, em metade dos indivíduos continuavam a existir perturbações na tiroide, ainda que ligeiras.
“Existe uma associação clara entre a disfunção da tiroide e a Covid-19”, refere Ilaria Muller, especialista italiana envolvida neste estudo. “Saber que as hormonas da tiroide se relacionam com a gravidade da doença é importante, e o facto de a glândula tiroideia parecer diretamente envolvida na infeção viral por SARS-CoV-2 (Covid-19) precisa de ser tido em consideração”, conclui.
Há ainda muito para descobrir sobre o cancro da tiroide, mas os números referentes a este tipo de tumor, para o qual não existe “uma forma específica de prevenção”, dão conta de um aumento de casos, sendo o risco maior para as pessoas com mais de 40 anos e para as mulheres, talvez por influência das hormonas.
O número nacional de casos de cancro da tiroide confirma um aumento, nas últimas décadas, que tem sido “contínuo, rápido e estatisticamente significativo em mulheres e homens”, refere Maria João Oliveira, endocrinologista e porta-voz da Associação das Doenças da Tiroide (ADTI). A especialista dá conta que este tumor, quando diagnosticado atempadamente, tem “um prognóstico excelente, com uma mortalidade muito baixa”.
“Não se sabe bem porque é que este cancro aparece”, confirma Maria João Oliveira. “Sabe-se, no entanto, que as pessoas com mais de 40 anos, com familiares com cancro da tiroide ou que foram submetidas a radiações, sobretudo radioterapia da cabeça ou do pescoço, têm maior probabilidade de desenvolver este tipo de cancro” que, segundo a especialista, é ainda “mais frequente no sexo feminino, possivelmente por influências hormonais ainda não esclarecidas”.
Não existe, acrescenta, “uma forma específica de prevenção, exceto aquela que evita a captação da radiação ionizante pela tiroide (por exemplo, quando se realiza um RX da cabeça usa-se uma proteção de chumbo para tiroide)”. Assim como, na maior parte dos casos, “o cancro da tiroide pode ser completamente assintomático. Contudo, o aparecimento de uma tumefação (inchaço) na parte anterior ou lateral do pescoço, de crescimento rápido, dura e pouco móvel, pode ser o primeiro sinal de cancro, mais ainda se se fizer acompanhar de rouquidão ou dificuldade em engolir”.
E não se deve também, reforça a médica, realizar a ecografia da tiroide como ‘exame de rotina’ sem que haja suspeita de doença da tiroide. “Corre-se o risco de diagnosticar pequenos nódulos ou quistos, sem significado patológico, que além de causarem alarme desnecessário levam geralmente à realização de exames desnecessários. Deve ser o médico a decidir quando requisitar uma ecografia da tiroide.”
Aviso legal sobre o uso de Cookies
Este site usa 'cookies' para te oferecer a melhor e mais relevante experiência. Ao usar este site, significa que você está OK com isso. Você pode alterar quais cookies são definidos a qualquer momento - e saber mais sobre eles em nossa política de cookies.
Esses cookies são necessários para que o site opere. Nosso site não pode funcionar sem esses cookies e eles só podem ser desativados alterando as preferências do seu navegador.
Para continuar melhorando nosso site, rastreamos dados anonimamente para fins estatísticos e analíticos. Com esses cookies podemos, por exemplo, rastrear o número de visitas ou o impacto de páginas específicas de nossa presença na web e, assim, otimizar nosso conteúdo.
Estes cookies nos permitem proporcionar mais conforto para você. Por exemplo, produtos ou serviços pesquisados anteriormente podem ser recarregados novamente após revisitar nosso site e você não precisará inserir todos os detalhes novamente. Também podemos detectar se você precisa de ajuda para usar nosso site e, portanto, oferecer suporte direto ao cliente.
Esses cookies são usados para exibir conteúdos que correspondam aos seus interesses. Podemos oferecer serviços personalizados e relevantes para garantir que você esteja sempre atualizado sobre ofertas relacionadas.