Veja notícias que podem te ajudar a cuidar melhor da sua tiroide
No que diz respeito às disfunções da tiroide, não existe igualdade de género. As mulheres são as mais afetadas e os números não deixam margem para dúvidas: uma em cada oito mulheres vai desenvolver um desses problemas ao longo da sua vida, uma probabilidade que é cinco a oito vezes superior à dos homens.
A questão que se coloca aqui é: porquê, o que leva a que as mulheres sejam mais suscetíveis do que os homens? A resposta não é direta ou clara, mas aquilo que se sabe aponta para dois tipos de justificações: primeiro, porque os problemas de tiroide são frequentemente desencadeados por respostas autoimunes, que ocorrem quando o sistema imunitário começa a atacar as suas próprias células, algo que é mais comum nas mulheres; segundo, porque parece existir uma interação entre as hormonas da tiroide e as hormonas presentes durante o ciclo menstrual.
E não só as mulheres são mais propensas a sofrer de problemas como o hipotiroidismo, hipertiroidismo, entre outros, como estes podem ainda manifestar-se em qualquer altura das suas vidas, sendo, no entanto, mais comuns em algumas fases: na gravidez, durante e após a menopausa, quando ocorrem alterações hormonais.
Daqui resultam problemas como o atraso ou antecipação do início da puberdade; menstruações mais ou menos prolongadas; ciclos menos regulares; problemas na fertilidade; risco de complicações em caso de gravidez, não só para a gestante, mas também para o feto; aumento da probabilidade de uma menopausa precoce, entre outros.
O importante é, no entanto, estar consciente da existência deste tipo de problemas e atento aos seus sintomas e sinais, para que se possa, mais rapidamente, procurar um especialista, uma vez que muitos dos efeitos e riscos associados às perturbações da tiroide podem ser geridos com o tratamento adequado.