Veja notícias que podem te ajudar a cuidar melhor da sua tiroide
O número nacional de casos de cancro da tiroide confirma um aumento, nas últimas décadas, que tem sido “contínuo, rápido e estatisticamente significativo em mulheres e homens”, refere Maria João Oliveira, endocrinologista e porta-voz da Associação das Doenças da Tiroide (ADTI). A especialista dá conta que este tumor, quando diagnosticado atempadamente, tem “um prognóstico excelente, com uma mortalidade muito baixa”.
“Não se sabe bem porque é que este cancro aparece”, confirma Maria João Oliveira. “Sabe-se, no entanto, que as pessoas com mais de 40 anos, com familiares com cancro da tiroide ou que foram submetidas a radiações, sobretudo radioterapia da cabeça ou do pescoço, têm maior probabilidade de desenvolver este tipo de cancro” que, segundo a especialista, é ainda “mais frequente no sexo feminino, possivelmente por influências hormonais ainda não esclarecidas”.
Não existe, acrescenta, “uma forma específica de prevenção, exceto aquela que evita a captação da radiação ionizante pela tiroide (por exemplo, quando se realiza um RX da cabeça usa-se uma proteção de chumbo para tiroide)”. Assim como, na maior parte dos casos, “o cancro da tiroide pode ser completamente assintomático. Contudo, o aparecimento de uma tumefação (inchaço) na parte anterior ou lateral do pescoço, de crescimento rápido, dura e pouco móvel, pode ser o primeiro sinal de cancro, mais ainda se se fizer acompanhar de rouquidão ou dificuldade em engolir”.
E não se deve também, reforça a médica, realizar a ecografia da tiroide como ‘exame de rotina’ sem que haja suspeita de doença da tiroide. “Corre-se o risco de diagnosticar pequenos nódulos ou quistos, sem significado patológico, que além de causarem alarme desnecessário levam geralmente à realização de exames desnecessários. Deve ser o médico a decidir quando requisitar uma ecografia da tiroide.”